Depois de um ano e meio, a pista de dança das discotecas reabriu, e pôde assim seguir a medida implementada recentemente nas escolas por esse Portugal fora: expulsar de vez os bolinhos e os refrigerantes, que, neste caso, pouco serviram para engordar seja o que for, nomeadamente a receita dos vários espaços. Espaço poderá ser, por estes dias, o único problema, com a euforia e o entusiasmo a prometerem enchentes nos vários estabelecimentos, depois dos últimos fins de semana já terem provado a ânsia de centenas de pessoas em sair às ruas à noite. O_duro castigo parece assim chegar definitivamente ao fim, com a ajuda do certificado digital e do teste negativo, agora os documentos mais relevantes para o programa das festas. Apesar de muito se ter especulado sobre a possibilidade de a pandemia trocar as voltas à noite e aos seus horários, o cenário parece não ter passado de uma fantasia. A bola de espelhos foi novamente pendurada e promete não parar de rodar até fora de horas. Depois dos constantes recolheres obrigatórios e horários restritos, a ideia de não ter hora imposta, com os raios do sol a ganharem autorização para conquistarem o estatuto de ponteiros do relógio, revela-se o maior desejo de muitos.
A dor de cabeça – e não me referindo àquela do dia a seguir – volta assim a ser empurrada para os pais, que reconquistam, por outro lado, um dos trunfos mais utilizados na pré-pandemia durante as negociações com os filhos adolescentes.
Outubro promete ser o primeiro mês de festa numa noite que se espera agora sem fim. Mas controlada e segura.
Altura de relembrar também a importância nos cuidados-extra de modo a evitar entradas, ou melhor, saídas, com o pé esquerdo. E sem excessos, para poder sair pelo próprio pé. Afinal, noites para esquecer já foram para lá da conta.
Que não se siga o exemplo com a bebida. Não esquecer ainda que também as bicicletas e as trotinetas pagam multa…