“Não tenho o dom da palavra, mas é com orgulho que vou ser o porta-voz destes campeões do mundo”, começou por dizer o capitão da Seleção Nacional de futsal, Ricardinho, em frente ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, depois do regresso a Portugal dos novos campeões do mundo.
“Estivemos aqui com muito orgulho depois de em 2018 termos sido campeões da Europa, hoje voltamos para sermos condecorados depois de conquistarmos o Mundo”, afirmou o atleta do clube francês ACCS, de 36 anos, que disputou aquele que será, provavelmente, o seu último mundial de seleções
“Permita-me senhor Presidente que a minha palavra seja para os meus companheiros: obrigado por tudo, é um orgulho ser vosso capitão. Mas aqui a liderança reparta-se por todos. Sintam-se orgulhosamente portugueses porque conquistaram o Mundo e vão ser o exemplo para milhares de crianças. Já fomos apelidados de geniais, agora escrevemos com letras douradas a página mais bonita do livro do futsal. Vocês são históricos”, saudou Ricardinho.
A seleção nacional sagrou-se, este domingo, pela primeira vez na sua história, campeã mundial de futsal, três anos depois de conquistar o Europeu, depois de vencer a Argentina, que estava a defender este troféu, na final do Campeonato Mundial, por 2-1, disputada em Kaunas, na Lituânia, com dois golos da autoria de Pany Varela, aos 15 e 28 minutos.
Os portugueses chegaram ao aeroporto Humberto Delgado, por volta do meio-dia e meio, onde foram recebidos por centenas de adeptos e também pelo selecionador da seleção nacional de futebol, Fernando Santos.
Pouco depois das 13h, já se encontravam junto ao autocarro, onde partiram para a Cidade de Futebol, local onde irá ficar a taça, juntamente aos outros troféus conquistados pelas seleções nacionais de futebol.
Depois desta primeira paragem, a comitiva portuguesa dirigiu-se para o Palácio de Belém onde foram recebidos por Marcelo Rebelo de Sousa, que condecorou a equipa e dedicou rasgados elogios ao seu talento.
“Éramos os melhores da Europa, faltava sermos os melhores do mundo. Quando somos muito bons somos os melhores do mundo”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa. “Isto acontece no futsal, nas Forças Armadas, nos trabalhadores, nos professores, na Economia. Quando somos muito bons, somos os melhores do mundo”, disse o Presidente da República, que dedicou ainda umas palavras especiais ao capitão da seleção.
“O Ricardinho merece uma referência. Ele já era história, já estava na história e decidiu sair da história para voltar a fazer história. Para ele vai um abraço muito especial que não é de despedida. Aquilo que dizemos ao Ricardinho é até logo”.