O Ministério da Saúde autorizou a contratação de médicos para sete especialidades do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), mas não especifica quantos serão selecionados, e também um investimento de 17,2 milhões de euros para estender as instalações.
Em comunicado, o gabinete de Marta Temido diz que “está, naturalmente, a acompanhar a situação, tendo sido entretanto autorizadas, para além dos médicos especialistas contratados no último procedimento concursal (em julho deste ano), contratações nas especialidades de Ortopedia, Ginecologia/Obstetrícia, Anestesiologia, Cardiologia, Pneumologia, Medicina Intensiva e Oncologia Médica", detalhou no documento, acedido pela agência Lusa.
Sem quantificar o número de contratados, o ministério também indica que o CHS vai lançar o concurso internacional para ampliar aquela instituição durante a primeira quinzena deste mês e a obra, que custará 17,2 milhões de euros, deverá estar terminada em 2023.
A falta de pessoal e de condições para o exercício médico levou o diretor clínico do CHS, Nuno Fachada, a demitir-se do cargo na quinta-feira passada.
Nesta semana, quase 90 médicos demitiram-se em solidariedade com a atitude do diretor clínico. "O pedido de demissão do cargo de diretor clínico do Centro Hospitalar de Setúbal, e agora da restante direção clínica, diretores de serviço e departamentos, coordenadores de unidade e comissões e ainda chefes de equipa de urgência, num total no total de 87 assinaturas, é o último grito de alerta para a situação desesperante a que o Centro Hospitalar de Setúbal chegou, à rutura das urgências e em vários serviços primordiais do hospital", apontou Nuno Fachada.
"Estamos em rutura nos serviços de urgência, nos blocos operatórios, na oncologia, na maternidade, anestesia, etc., etc., etc.", frisou o diretor do CHS, em conferência de imprensa, que se realizou na quarta-feira, na delegação de Setúbal da Ordem dos Médicos.
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