Nuno Melo apresentou, este sábado, no Porto, a sua candidatura à presidência do CDS-PP.
“Sou candidato à presidência do CDS-PP”, declarou o eurodeputado centrista, explicando que se candidata à liderança do partido “por um imperativo de consciência” face à “progressiva perda de relevância” do mesmo.
“Não consigo assistir quedo e mudo à perda de relevância própria do CDS enquanto partido fundamental da democracia em Portugal”, disse o também líder da distrital de Braga do CDS-PP, durante a apresentação que decorrer no palácio da Bolsa.
O eurodeputado considerou que a atual direção do CDS dificilmente conseguiria conter e reduzir o crescimento dos novos partidos como o Chega ou a Iniciativa Liberal e, por isso, pretende “mudar essa fraqueza”.
As críticas à direção de Francisco Rodrigues dos Santos adensaram-se, com Nuno Melo a considerar que “a democraticidade interna do partido está a ser torturada”, nomeadamente com a antecipação do congresso para novembro.
“Qualquer disputa para um congresso implica lealdade, igualdade de armas, sentido de todos os valores democráticos de que não estamos disponíveis para abdicar, em nenhuma circunstância”, sublinhou.
“O partido conhece-me. Sempre que precisei, os militantes estiveram na rua a conquistar votos comigo (…) A forma como queremos ganhar o Congresso tem tudo a ver com a forma como queremos conquistar o país. Os valores que apregoamos para fora são os que praticamos cá dentro”, defendeu o candidato, acrescentando que “O CDS tem de voltar a ser um partido respeitado” e um partido “sem fraturas nem divisões”.
Sublinhe-se que na apresentação, que contou com mais de cem convidados, estiveram nomes como Telmo Correia, líder da bancada parlamentar do CDS, a deputada Cecília Meireles, o deputado João Almeida e o deputado e presidente da União de Freguesias de Cascais e Estoril, Pedro Morais Soares.
O CDS fará o seu congresso no fim de novembro – nos dias 27 e 28 – e frente a frente estarão Nuno Melo e Francisco Rodrigues dos Santos.