Entre 250 e 400 funcionários dos lares podem ainda não estar vacinados. Em setembro, este número situava-se nos 1.400.
“Continuo a defender que deveria ser mais exigente. É óbvio que há aqui dois valores. Há um que para mim é muito querido, o dos direitos, liberdades e garantias. Mas depois há outro que é muito mais dramático, que é a saúde pública. Confrontar as pessoas com o dilema de se vacinarem ou não vacinarem pode chocar com o primeiro valor, mas o segundo justifica isso”, declarou Manuel Lemos, presidente da União de Misericórdias Portuguesas, em declarações ao Jornal de Notícias e à TSF.
“Temos algumas suspeições de que isso aconteceu”, respondeu quando questionado acerca de um eventual caso em que fosse estabelecida uma relação causal entre não vacinados e surtos em lares.
Na passada sexta-feira, havia 44 surtos ativos em lares de idosos. Assim, eram mais de 565 utentes infetados com o novo coronavírus, sendo que no lar de Arouca – onde 82 idosos e 11 funcionários testaram positivo – morreu mais um idoso e aumentou para três o número de vítimas mortais. Sabe-se que o surto pode estar relacionado com a saída de um grupo de idosos no dia das eleições autárquicas.
Importa referir que todas as regiões de Portugal Continental registaram óbitos por covid-19 entre sábado e domingo, sendo que houve dois em Lisboa e Vale do Tejo, dois no Algarve e uma vítima mortal em cada uma das restantes regiões.
As tabelas da Direção-Geral da Saúde indicam que as vítimas são uma mulher na faixa etária dos 60 anos (um óbito), dois homens e uma mulher com mais de 70 anos (três óbitos); e outros dois homens e uma mulher com pelo menos 80 anos (três óbitos).