Um grupo de assistentes de bordo da companhia aérea Alitalia despiu-se na passada semana em frente ao Campidoglio – o centro de poder de Roma – para protestar contra os despedimentos e cortes salariais.
As cerca de 50 mulheres apareceram vestidas com os seus uniformes e, enquanto iam removendo peças da sua roupa, gritavam "Nós somos a Alitalia".
A companhia aérea encerrou as suas operações, tendo a ITA Airways assumido o seu lugar como companhia nacional italiana. Apesar desta troca, apenas 2.800 dos 10.500 trabalhadores da Alitalia ficaram empregados na ITA Airways.
O protesto não é só contra os despedimentos mas também contra as condições que aqueles que ficaram empregados na ITA Airways vão ter. Uma assistente de bordo desta companhia disse à CNN que, além de ter recebido um corte salarial, perdeu a antiguidade e já não será informada com antecedência sobre onde e quando estará a trabalhar.
O presidente da ITA, Alfredo Altavilla, considerou as ameaças de greve como "uma vergonha nacional".
"A negociação de contratos está mais do que concluída. Estavam todos de acordo e assinaram o contrato que lhes enviamos", referiu Altavilla ao Il Fatto Quotidiano no início deste mês.
🇮🇹✈️ Former flight attendants at defunct Italian airline Alitalia strip off their uniforms in protest against the company's takeover by ITA – Italy's new national carrier. pic.twitter.com/WIHtQHgCPW
— euronews (@euronews) October 22, 2021