Uma pesquisa da Universidade de Durham descobriu que algumas espécies de aves migratórias estão passar mais tempo no continente europeu e menos em África. Por outras palavras: a migração está a diminuir a cada ano que passa – como consequência do aquecimento global.
“Se as tendências continuarem, com o tempo algumas aves não passarão nenhum tempo na África Subsaariana – e em vez disso, passarão o ano inteiro na Europa”, explica Kieran Lawrence, principal autor do artigo.
O estudo é baseado em mais de 50 anos de avistamentos de pássaros. Estas observações permitiram concluir que as aves migratórias trans-saarianas passam menos 50 a 60 dias por ano em África. Esta redução permite concluir que estas espécies conseguem atualmente sobreviver por mais tempo ao inverno europeu.
Pelo menos 4.000 espécies de pássaros são migrantes regulares, cerca de 40 por cento do total mundial. No Reino Unido, cerca de metade das espécies de aves que por lá vivem migram, incluindo cucos, andorinhões e outros comedores de insetos que não conseguem encontrar comida suficiente. Já nas regiões do extremo norte, como o Canadá ou Escandinávia, a maioria das aves voa para o sul para escapar do inverno.