OMS deixa alerta sobre a covid-19: “O que acontecer em 2022 depende de nós”

A líder técnica da resposta à covid-19 na OMS considera que a pandemia “causou muita dor, raiva e frustração”, mas é necessário que as emoções “se transformem em ações para nos protegermos, a nós e aos outros”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou, esta quinta-feira, que a trajetória da pandemia de covid-19 “está, como sempre esteve, nas mãos” das pessoas e que o mundo tem condições para “assumir o controlo da transmissão”.

“O que acontecer em 2022 depende de nós, a possibilidade de assumir o controlo da transmissão está aí: podemos eliminar mortes, hospitalizações, mas temos que tomar decisões coletivas e individuais conscientes para isso", disse Maria Van Kerkhove, líder técnica da resposta à covid-19 na OMS.

“A trajetória da pandemia está, como sempre esteve, nas mãos” das pessoas, considerou, acrescentando que a pandemia “causou muita dor, raiva e frustração”, mas é necessário que as emoções “se transformem em ações para nos protegermos, a nós e aos outros”.

Também presente na videoconferência de imprensa regular sobre a pandemia de covid-19, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse estar preocupado com o número elevado de vítimas mortais da covid-19 por semana – cerca de 50 mil.

"Isto não deveria estar a ocorrer, temos as ferramentas para evitar a transmissão [do vírus] e salvar vidas", confirmou.

Já Van Kerkhove alertou para o recrudescimento da covid-19 na Europa, onde os contágios aumentaram 50% nas últimas quatro semanas, e sublinhou que apesar dos balanços apontarem para, pelo menos, 5.020.845 mortes em todo o mundo devido à covid-19, o número “é na realidade muito mais alto”, tendo em conta que muitos casos não foram contabilizados.