Tom Vennink, jornalista holandês do jornal Volkskrant, foi expulso da Rússia por “violações administrativas”. É o segundo jornalista estrangeiro obrigado a sair do país nos últimos meses. A expulsão não foi uma surpresa, diz o jornalista, que está de volta à Holanda.
Ben Knapen, ministro dos Negócios Estrangeiros dos países baixos, lamenta a decisão e considera que “não é aceitável para a Holanda que um jornalista tenha de deixar um país contra a sua vontade”.
Vennink era correspondente do Volkskrant desde 2015 e estava a tentar a renovar o seu visto, o que “em anos anteriores nunca foi um problema”, mas na segunda-feira passada foi informado de que o ministério do Interior russo revogou o seu visto e que tinha (apenas) três dias para sair do país, segundo o editorial do jornal holandês.
As autoridades russas apontam violações ocorridas há vários anos. Vennink teve que pagar uma multa em novembro de 2019 porque “não comunicou às autoridades o seu endereço de residência em Moscou a tempo”. Em janeiro de 2020 surgiu uma outra multa por “visitar a província de Chukotka, no norte, sem pedir permissão ao governador daquela província”.
Vennink não é o primeiro caso de um jornalista estrangeiro ser expulso da Rússia: também Sarah Rainford – uma correspondente da BBC em Moscovo – foi obrigada a deixar o país por ser uma “ameaça à segurança”.