Cecília Meireles vai abandonar a vida política quando concluir o atual mandato parlamentar.
O anúncio foi feito pela deputada do CDS-PP no espaço de opinião 'Não Alinhados', da TSF, no qual deixou duras críticas à liderança de Francisco Rodrigues dos Santos. Apesar do abandono da vida política, Cecília Meireles vai continuar como militante do partido.
Há mais de duas décadas no CDS, a deputada fala agora num “virar de página, para uma vida nova” e afirma não ter outra alternativa, nomeadamente depois de ouvir Francisco Rodrigues dos Santos acusar um grupo de militantes de “terrorismo” político e de criarem “toda esta confusão por causa de lugares de deputados”, no último conselho nacional do partido, que aconteceu na passada sexta-feira e que ficou marcado pela polémica gerada.
Lembrando que já fez de tudo pelo CDS, nomeadamente “pintar sedes”, Cecília Meireles considera que não tem outro partido e, por isso, não o vai abandonar. Contudo, destaca que “o CDS não está cumprir o papel que sempre teve na vida do país”.
Por fim, a deputada, que se despedirá da política após as legislativas, agradece a Nuno Melo e diz que fica no partido pela “esperança de construir" que o eurodeputado, candidato à liderança, trouxe para o partido.
Recorde-se que durante o passado fim de semana, e, tal como o Nascer do SOL já tinha avançado, assistimos a uma verdadeira debandada no CDS-PP. Adolfo Mesquita Nunes, Inês Teotónio Pereira, João Maria Condeixa, Michael Seufert, Manuel Castelo-Branco, Vânia Dias da Silva e António Pires de Lima deixaram o partido, em forma de protesto contra as recentes decisões da direção, que promoveu um adiamento do Congresso Nacional do partido, marcado para o fim do mês de novembro.