Terence Darrell Kelly, acusado de raptar Cleo Smith – a menina de quatro anos que esteve desaparecida durante 18 dias na Austrália Ocidental – foi, esta sexta-feira, transferido para uma prisão se segurança máxima em Perth. O homem, de 36 anos, irá permanecer detido até à próxima audiência em tribunal, agendada para dia 6 de dezembro.
Segundo a imprensa local, o suspeito, que até então estava detido na delegacia da polícia de Carnarvon, foi fotografado a ser levado, descalço e algemado nos pés e mãos, para um avião por quatro agentes do grupo de operações especiais. Em conferência de imprensa, o comissário da polícia, Chris Dawson, afirmou que a transferência e as medidas de segurança extra foram organizadas “por razões óbvias”, sublinhando que o detido precisou de receber tratamento hospitalar duas vezes após ter autoinfligido ferimentos na cabeça.
Kelly foi acusado formalmente, na quinta-feira, do rapto de Cleo Smith. O homem está acusado de vários crimes, incluindo “atrair e levar de forma forçada e fraudulenta uma criança com menos de 16 anos”.
O The Australian revela que a investigação policial apurou que o suspeito procurou por bonecas e outros brinquedos numa loja em Carnarvon enquanto manteve Cleo presa, mas tal não levantou suspeitas dos moradores, uma vez que, apesar de não ter filhos, a sua família com crianças e o seu gosto por bonecas não eram desconhecidos.
Recorde-se que a menina desapareceu a 16 de outubro, quando estava a acampar com a família, e apareceu 18 dias depois, a 2 de novembro, numa casa trancada a uma distância de cerca de 70 km. A polícia acredita que o rapto não foi algo planeado, mas sim “uma oportunidade” e que o suspeito agiu sozinho.
Esta sexta-feira, a mãe e o padrasto da criança divulgaram um comunicado “para agradecer a todos os envolvidos no regaste” e pediram respeito pela privacidade da família.
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