O Sindicato dos Técnicos de Emergência Médica afirmou, esta sexta-feira, que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) está sem capacidade de resposta e demora até quase uma hora a enviar ambulâncias. A região de Lisboa e Vale do Tejo é a mais afetada.
"Hoje, às 14h00 estavam 29 ocorrências por dar resposta por não haver ambulância, sendo que a que estava à espera há mais tempo estava há, pelo menos, há 50 minutos", disse Rui Lázaro, presidente do sindicato, à agência Lusa.
A região de Lisboa e Vale do Tejo é a mais afetada, sendo esta “uma situação recorrente” que dura há meses.
Rui Lázaro explicou à agência de notícias que tal é provocado “pela elevada taxa de abandono” de técnicos devido à fraca atratividade da carreira. Atualmente existem 900 técnicos de emergência pré-hospitalar, quando deviam existir 1.400.
"A consequência de sermos menos é que há ambulâncias fechadas diariamente. Fizemos greve há duas semanas e os serviços mínimos que garantimos no dia de greve foram superiores ao que o INEM consegue garantir durante vários dias. Estamos neste ponto, o INEM já nem sequer consegue garantir os mínimos exigidos numa greve geral", frisou.
A falta de ambulâncias poderia ser colmatada por ambulâncias das corporações de bombeiros ou as da Cruz Vermelha, mas tal não é possível “porque se os centros de atendimento não enviam ambulâncias para os locais de emergência é porque até estas estão ocupadas”.