por Luís Jacques
Engenheiro Civil
Foram precisos seis anos para se tornar evidente, à opinião pública e publicada, que a ‘geringonça’ entre socialistas, comunistas e bloquistas não era uma maioria coerente, estável e duradoura. Só foi formada, como maioria negativa, para impedir a coligação PSD/CDS de governar e que Passos Coelho continuasse a ser primeiro-ministro.
Ficou provado, por tudo aquilo que os governos da geringonça fizeram, que foram dos piores governos que Portugal teve em democracia.
Os comunistas e os bloquistas não aprovaram o Orçamento do Estado para 2022, sabendo que implica a dissolução do Parlamento e eleições antecipadas, porque quiseram mostrar a António Costa que ele só foi primeiro-ministro, em 2015, porque eles quiseram e deixou de ser primeiro-ministro quando eles quiseram, pois estavam fartos da sua esperteza saloia e das suas aldrabices. António Costa está nas mãos da esquerda radical e só governará quando aceitar as condições que eles impuserem.
Os comunistas e os bloquistas estão convencidos que depois das eleições continuará a existir uma maioria de esquerda no Parlamento e que só eles poderão permitir a António Costa formar governo e ser primeiro-ministro.
Depois da incompetência dos governos da ‘geringonça’ e da responsabilidade que socialistas, comunistas e bloquistas tiveram ao provocar a crise política, espero que os portugueses lhes mostrem um cartão vermelho e os penalizem, a todos, nas eleições legislativas antecipadas.
O centro-direita tem de saber aproveitar o efeito Carlos Moedas. O método de Hondt favorece as coligações. Tem de existir, nas eleições legislativas, uma coligação dos partidos do centro-direita que permita ganhar as eleições e restituir a esperança aos portugueses. Com maioria absoluta, se possível, ou com maioria simples para afastar os socialistas do Governo. Não acredito que António Costa tente novamente uma nova geringonça com comunistas e bloquistas, mas se o quiser fazer o Presidente Marcelo não deve permitir, pois pode dissolver o Parlamento e convocar novas eleições. Em Espanha fizeram duas eleições legislativas e estiveram para ir à terceira.
Não foi por acaso que foi criada a Aliança Democrática entre o PSD, o CDS, o PPM e os Reformadores e teve maioria absoluta!