Teresa Miguel, uma das quatro vocalistas que integraram a banda portuguesa Doce, "está há um ano e meio" à espera de uma operação na anca, local onde tem "dores horríveis", que são apenas "atenuadas com pensos de morfina", e precisa de constantes cuidados – aos quais o Sistema Nacional de Saúde (SNS) disse não ter vaga – para conseguir "resistir e sobreviver à operação".
Esta foi a descrição que a amiga e também cantora Helena Coelho apresentou, na terça-feira, numa publicação na rede social Instagram. Depois de apelar por ajuda, a associação Casa do Artista deu a mão a Teresa Miguel, que agora já está a receber os tratamentos devido à doença que a impossibilita de andar.
"Aquela sensação de dever cumprido, saber que a Teresa está a ser tratada, não sentir quase a culpa de me deitar sem qualquer problema sabendo que ela estava em casa" com imensas dores, escreveu Helena Coelho, um dia depois do seu pedido de ajuda nas redes sociais.
Teresa Miguel já tinha relevado numa entrevista ao Correio da Manhã, em julho deste ano, que estava há um ano à espera de uma operação na anca, porém a pandemia de covid-19 atrasou o processo, sem trazer à vista o dia em que será realizada a tão necessitada operação.
“Estou pior das outras articulações. Já não consigo andar. Só mesmo de canadianas e ainda assim com muitas dores. Até me chamarem, não sei o que vai acontecer. Não consigo ir à rua e até ir à casa de banho me custa”, contou a cantora.
José Raposo, ator e diretor da Casa do Artista, reagiu ao pedido da colega, confirmando a ajuda por parte da sua associação, através de Luís Aleluia, um dos membros da direção, que segundo este, "agiu com rapidez".
"Desejo o melhor para a Teresa, uma das Doce de quem tanto se fala nesta altura! E um beijo especial para a outra Doce que teve este lindo gesto, a amiga comum Lena Coelho!", elogiou José Raposo.