NBA. Negócio de 700 milhões de dólares muda nome do Staples Center

A empresa de criptomoedas Crypto.com fez negócio com a AEG, dona do Staples Center, que, a partir do Natal, se passará a chamar Crypto.com Arena.

Está prestes a acabar uma era épica para os LA Lakers, bem como para os LA Clippers. O Staples Center, que acolhe as duas equipas da cidade californiana, vai mudar de nome num acordo com a gigante do setor de criptomoedas Crypto.com.

A partir do Natal, a casa dos Lakers (bem como dos LA Clippers) vai passar a chamar-se Crypto.com Arena, num negócio que, segundo foi revelado pelos meios de comunicação, ascende aos 700 milhões de dólares (cerca de 618 milhões de euros) para assegurar o nome durante 20 anos.

A confirmar-se o negócio entre a Crypto.com e a AEG, dona e gestora da arena, este será o negócio de naming rights mais caro de sempre, mudando o nome ao estádio de 20 mil lugares que, desde 1999, tem a graça da empresa norte-americana de material de escritório.

Recorde-se que a Crypto.com é uma plataforma de criptomoeda e bolsa, sediada em Singapura. Fundada em 2016, a empresa tem aumentado a sua presença no panorama global do desporto, com acordos de patrocínio de grande visibilidade com a Fórmula 1, UFC, a Serie A da Itália, o Paris Saint-Germain e o Montreal Canadiens, da NHL. A mesma, aliás, comprou também um espaço publicitário nas camisolas dos Philadelphia 76ers.

Maná Este negócio é um dos poucos pontos interessantes da época, até agora, no universo dos LA Lakers. A equipa de Los Angeles, que apostou para esta temporada em figuras veteranas do basquetebol norte-americano, como Carmelo Anthony, Russell Westbrook e Dwight Howard, não tem tido um grande ano, e ainda não conseguiu recuperar dos destroços da época anterior.

Depois de ter conquistado o anel em 2020, os amarelos e púrpura acabaram eliminados logo na primeira ronda dos playoffs de 2021. De seguida, a pré-temporada foi, basicamente, desastrosa (contaram-se 6 derrotas em 6 jogos), e a temporada em si não tem sido muito melhor. Os 'angelinos' contam 8 vitórias, e umas estonteantes 8 derrotas, depois de perder, frente aos campeões em título Milwaukee Bucks, na madrugada de hoje, por 109-102.

A realidade é que LeBron James, jogador estrela do emblema de Los Angeles, tem estado afastado dos courts, e há quem aponte essa como a razão principal para o insucesso dos Lakers. Há duas semanas, James teve de deixar os campos, com uma lesão abdominal, e não tem sido fácil recuperar dessa ausência em campo. Aos 36 anos, aliás, James já falhou, nesta época, dez jogos, esperando-se que esteja apto para enfrentar os Boston Celtics, na sexta-feira (sábado de madrugada em Portugal).

É este então um sinal do falhanço da estratégia dos Lakers, que procurava, ao trazer figuras como Russell Westbrook para o plantel, aliviar a pressão sobre James e Anthony Davis. A ideia seria distribuir o ‘estrelato’, e garantir que, à falta de LeBron James, a equipa conseguiria manter o nível. Até agora, no entanto, não se comprovou essa realidade, com Westbrook a marcar, em média, apenas 19,4 pontos por jogo.

A falta do jogador estrela dos Lakers tem-se feito sentir, e o confronto com os Chicago Bulls, na segunda-feira (terça-feira de madrugada em Portugal), foi mais uma mancha no histórico da equipa. Em casa, os Lakers acabaram derrotados por 121-103, num jogo em que DeMar DeRozan brilhou com as cores dos Bulls, marcando uns fantásticos 38 pontos. DeRozan – que admitiu ter acreditado, na pré-época, que tinha um lugar garantido nos Lakers – ‘calou’ os críticos que acusavam o ‘apagar’ da sua carreira, e aqueles que acreditavam que não se iria encaixar nos corredores dos Bulls. É que, nos meses prévios ao arranque desta temporada, DeRozan esteve prestes a juntar-se ao emblema de Los Angeles, reunindo-se várias vezes com LeBron James e preparando-se para vestir as cores da equipa amarela e púrpura.

Os dirigentes dos Lakers, por outro lado, terão ficado a questionar-se sobre a decisão de deixar DeRozan de fora. Uma opção que, na segunda-feira, lhes saiu caro, especialmente numa altura em que a equipa procura redimir-se de uma já longa onda de maus resultados.

Touros bravos Os Bulls, aliás, têm dado que falar nesta temporada da NBA, contando, após perder frente aos Trail Blazers de Portland, 10 vitórias e 5 derrotas. Nos últimos seis jogos, o emblema de Zach LaVine venceu Lakers, Clippers, Mavericks e até os Nets de Kevin Durant e James Harden. A equipa de Chicago apenas caiu, nestes seis jogos, frente aos Trail Blazers e frente aos líderes Golden State Warriors, que, com a ajuda de Stephen Curry, se mantêm na liderança da tabela classificativa da Conferência Oeste, com 12 vitórias e apenas 2 derrotas.

Os Warriors arrancaram de forma muito positiva a temporada, depois de, na época anterior, terem falhado a qualificação para os playoffs. Na quarta-feira de madrugada, a equipa de São Francisco bateu os Brooklyn Nets, por 117-99, num jogo em que Curry foi, novamente, brilhante, com um total de 37 pontos marcados.

Neemias ao poder Interessa também realçar o trabalho do português Neemias Queta, cuja vida deu já conteúdo para um documentário intitulado Neemias Queta: Big Dream.

Aos 22 anos, o basquetebolista do Vale da Amoreira tem surpreendido, tornando-se no primeiro português a jogar oficialmente na NBA, quando, ao serviço dos Sacramento Kings, marcou dois pontos, na pré-época, frente aos Portland Trail Blazers, em outubro deste ano. Agora, passou a representar as cores dos Stockton Kings, na G-League.