Pelo menos uma pessoa morreu e milhares foram retirados das suas casas, na sequência de uma tempestade que atingiu a província da Columbia Britânica, no oeste do Canadá, que tem provocado chuvas torrenciais, aluimentos de terras e inundações nos últimos dias.
As autoridades canadianas ainda acreditam que possa haver mais vítimas mortais do mau tempo, que destruiu autoestradas e deixou dezenas de milhares de pessoas nos Estados Unidos e no Canadá sem eletricidade.
“O corpo de uma mulher foi encontrado numa derrocada de terras ocorrida na estrada 99 perto de Lillooet, a 250 quilómetros a norte de Vancouver, na segunda-feira de manhã”, disse na terça-feira a Real Polícia Montada do Canadá, acrescentando que “o número total de pessoas e veículos dados como desaparecidos ainda não foi confirmado”, enquanto as buscas prosseguem.
“Temos esperança de encontrar mais pessoas vivas. Mas, obviamente, com o passar do tempo, essa esperança diminui, ainda para mais com os deslizamentos de terra. As pessoas ficam presas em lama e destroços, o que diminui a esperança de encontrar os corpos”, disse o responsável pelas buscas, David MacKenzie, citado pelo Guardian.
As inundações levaram à interrupção de “todos os serviços ferroviários de e para o porto de Vancouver”, disse a porta-voz da autoridade portuária local Matti Polychronis.
De acordo com imagens transmitidas pela televisão canadiana, a chuva parou, mas muitas estradas estão fechadas e as cidades inundadas.
Algumas zonas registaram cerca de 95% da precipitação mensal em 24 horas, disse o meteorologista Armel Castellan da agência meteorológica canadiana.
O ministro da Segurança Pública da província, Mike Farnworth, afirmou que este desastre natural é uma “consequência das alterações climáticas”. “Não tenho dúvidas de que estes eventos estão relacionados com as alterações climáticas, por não terem precedentes”, disse em conferência de imprensa.
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, afirmou estar “muito preocupado com a situação na Columbia Britânica” e salientou que a província terá “os recursos de que possa necessitar”.