Demitiram-se esta segunda-feira os dez chefes das urgências de cirurgia do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, avançou a RTP3.
Recorde-se que, no dia 10 deste mês, os médicos haviam decidido que, até dia 22 de novembro, a unidade hospitalar teria de resolver a situção das escalas de serviço, que consideravam não exequível.
Segundo o documento assinado pelos dez médicos e entregue no dia 10 de novembro, a situação agravou-se recentemente pela tomada de posição dos assistentes hospitalares, que se recusaram a ultrapassar, nas atuas condições de trabalho, as horas extraordinárias consideradas na lei. Os médicos afirmam estar exaustos com o número de horas extraordinárias previsto na lei ultrapassado.
Os profissionais de saúde e da administração do hospital terão estado em conversações durante a semana passada mas, aparentemente, não chegaram a qualquer acordo.
O secretário de Estado da Saúde, Lacerda Sales, afirmou que existem "situações pontuais" e avançou que estava a ser feito "um esforço para resolver esse problema".
“Está a ser refletida a valorização das carreiras dos profissionais deste setor”, referiu Lacerda Sales na semana passada.
Em declarações à RTP, o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Lisboa-Norte (CHULN), Daniel Ferro, explicou que a ameça de demissão se devia a problemas de recursos humanos e a questões de organização, sendo que existiram processos de recrutamento em marcha.
Numa entrevista dada à estação pública, o presidente do Conselho de Administração do CHULN afirmou que tinha sido contratado "o mais número desde sempre", ressalvando, contudo, que isso "não significa que eles sejam suficientes".
“As orientações que temos dado é que as direções dos serviços identifiquem todas as oportunidades de contratação e todas as oportunidades de contratação serão asseguradas”, disse.
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