Continua sem se chegar a nenhuma conclusão sobre os aumentos salariais no setor bancário. Os sindicatos rejeitaram a primeira proposta de 0,2% e mesmo depois de as instituições de crédito terem duplicado essa oferta para 0,4%, os sindicatos continuaram a rejeitar.
“A última proposta das instituições de crédito é miserável e indigna e, por isso, foi rejeitada”, dizem o Mais Sindicato e o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC), em comunicado. E acrescentam: “O processo negocial do Acordo Coletivo de Trabalho do Setor Bancário para revisão da tabela e cláusulas de expressão pecuniária continua sem acordo”.
“Felizmente o decurso do ano demonstrou que a situação do setor bancário era claramente mais favorável do que o expectável, revelando lucros de milhões e permitindo distribuir dividendos pelos acionistas”, acusam as estruturas sindicais, acrescentando que “como se não bastasse, os bancos ainda aumentaram os resultados poupando nos custos do trabalho, ao reduzirem os quadros de pessoal em milhares de trabalhadores”.
A nota deixa ainda mais acusações: “Não satisfeitos com os lucros e a devastação que impuseram a tantas famílias de bancários dispensados ou sujeitos a despedimento coletivo – e com a taxa de inflação prevista já em 0,7% –, os bancos tiveram o desplante a afirmar só estarem disponíveis para atualizar as tabelas em 0,2%”.