Marcelo Rebelo de Sousa disse, este sábado, que o repatriamento de cidadãos portugueses de países como, por exemplo, Moçambique, face às restrições às viagens decretadas devido à mais recente variante detetada na África do Sul, depende dos “juízos das autoridades sanitárias”. No entanto, o Presidente lembrou que esse processo é competência do Governo.
“Não vou antecipar aquilo que é uma competência do Governo nessa matéria de repatriamento, por envolver intervenção de juízos das autoridades sanitárias”, disse Marcelo, citado pela agência Lusa, depois de uma visita ao Centro de Vacinação Paz Flor, nos arredores de Luanda.
“Entra o saber ir medindo a progressão de casos fora do país, dentro do país, de portugueses dentro do país ou fora do país”, acrescentou.
Ao ser questionado sobre a proporcionalidade das medidas decididas, esta quinta-feira, pelo Executivo de António Costa para combater a pandemia face ao aparecimento desta nova variante, Marcelo lembrou que já na última reunião entre políticos e especialistas se falou com “conhecimento de causa da existência” de uma variante "mais contagiosa”, mas possivelmente menos fatal.
“Naquilo que se sabia e sabe neste momento, [as medidas] foram pensadas nesse quadro, portanto, não podemos agora imaginar o que se virá a saber daqui por dois meses, três meses, quatro meses”, considerou.
O chefe de Estado acabou por revelar ainda que Angola também está a pensar encerrar as fronteiras a países com casos da Omicron.