Vai ser implementado, a partir da meia-noite desta quarta-feira, um sistema de pulseiras nos aeroportos portugueses. O objetivo é reforçar as restrições nas zonas de chegada de passageiros. Além disso, o certificado de vacinação deixa de ser suficiente para entrar no país e passa a ser obrigatório apresentar um teste negativo à covid-19.
Numa conferência de imprensa conjunta da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), da PSP, SEF e da ANA Aeroportos, Rui Alves, diretor do Aeroporto de Lisboa explicou que os passageiros que cheguem de países fora da União Europeia e espaço Schengen vão ser controlados antes da zona de controlo de passaportes, por uma equipa de segurança contratada especificamente para o efeito, e sob supervisão da PSP. Para os restantes passageiros – com origem na União Europeia ou Schengen – o controlo de documentos é feito nas chegadas, já após a alfândega.
“Para evitar que haja duplo controlo, vamos entregar a cada passageiro uma pulseira”, explicou.
Já os passageiros que viajam entre aeroportos nacionais estão isentos deste tipo de controlo e receberão também uma pulseira diferente.
Por sua vez, o Intendente Pedro Pinho, da PSP, explicou que será impossível entrar na zona de chegadas do aeroporto de Lisboa até ao dia 9 de janeiro. O acesso ao parque de estacionamento será facilitado para que a recolha seja feita apenas nesse local.
A este controlo, junta-se o facto de todos os passageiros de voos internacionais, que cheguem a Portugal continental, terem de apresentar um teste com resultado negativo, mesmo que já estejam vacinados, à exceção dos passageiros de voos domésticos, menores de 12 anos e tripulações.
“A partir das 00:00, todos os cidadãos terão de apresentar um teste no momento do embarque. Se este teste não for apresentado, o passageiro pode não embarcar e as companhias aéreas estarão sujeitas a coimas. Também há a recomendação do preenchimento do Passenger Locator Form (formulário de localização do passageiro) para uma atuação mais célere e eficiente das autoridades de saúde”, disse Bruno Castro, médico especialista em Saúde Pública.
Quem não apresentar teste pode ser alvo de uma contraordenação, que pode ir entre os 300 e os 800 euros, e também as companhias aéreas podem incorrer numa multa entre 20 mil e 40 mil euros por passageiro.