Alec Baldwin afirmou que não premiu o gatilho da arma que matou Halyna Hutchins, diretora de fotografia, nas gravações do filme ‘Rust’. Naquela que foi a sua primeira grande entrevista após o acidente, ocorrido a 21 de outubro, o ator defende que “nunca apontaria uma arma a ninguém e dispararia sobre essa pessoa”.
A entrevista de 80 minutos, definida como “crua” e “intensa” pelo jornalista George Stephanopoulos, será transmitida na íntegra na noite desta quinta-feira no canal norte-americano ABC News.
“Bem, o gatilho não foi premido. Eu não premi o gatilho. Nunca apontaria uma arma a ninguém e dispararia sobre essa pessoa. Nunca”, defendeu o ator, de 63 anos.
Na entrevista, Baldwin refere que o incidente foi a pior coisa que lhe aconteceu na vida e que “alguém colocou uma bala verdadeira na arma, uma bala que não deveria estar no local”.
"Penso no que é que eu poderia ter feito de diferente", desabafou. “[Hutchins] era amada por todos. Ainda acho difícil acreditar [que ela morreu]. Não me parece real”.
O realizador Joel Souza, que também ficou ferido no acidente, revelou às autoridades que o ator estava a ensaiar uma cena em que apontava a arma para a câmara quando a disparou. Mas, na ótica da guionista Mamie Mitchells, que já avançou com um processo em tribunal, “Alec Baldwin deveria ter presumido que a arma em questão estava carregada, até que lhe fosse demonstrado ou que ele confirmasse que não estava”, não tendo o “direito de confiar numa alegada declaração do assistente de realização de que era uma 'cold gun' [expressão utilizada para afirmar que uma arma não tem balas”.
Asked by @GStephanopoulos how a real bullet got on the "Rust" set, Alec Baldwin says: “I have no idea. Someone put a live bullet in a gun. A bullet that wasn’t even supposed to be on the property.”
Watch TOMORROW 8pm ET on ABC and stream later on @hulu. https://t.co/fJQly1za1T pic.twitter.com/OnpDuYERiC
— ABC News (@ABC) December 1, 2021