Os bancos concederam 1882 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares no mês de outubro, revelou o Banco de Portugal (BdP). Deste valor, 1263 milhões de euros foram para a finalidade de habitação, 412 milhões de euros para a finalidade de consumo e 207 milhões de euros para outros fins.
O Banco de Portugal diz também que a taxa de juro média dos novos empréstimos ao consumo subiu para os 6,65%.
Na habitação, a taxa de juro média subiu para 0,82%, “acompanhando a evolução da Euribor a 12 meses, indexante mais utilizado no crédito à habitação”.
No entanto, apesar desta subida e quando considerada apenas a componente de encargos relativa a juros, Portugal era o país com a segunda taxa de juro mais baixa da área euro. “Esta situação resulta, em parte, da prevalência em Portugal do crédito com taxa variável”, explica o banco liderado por Mário Centeno.
E acrescenta que “considerando a taxa anual de encargos efetiva global (TAEG), ou seja, a taxa que engloba todos os custos associados à contratação do empréstimo (e não apenas a taxa de juro em si), Portugal situava-se acima da média da área euro”.
E as empresas? Segundo o Banco de Portugal, no mês em análise, o montante de novos empréstimos concedidos pelos bancos às empresas aumentou 149 milhões de euros, para 2384 milhões, dos quais 58% corresponderam a empréstimos de montante igual ou inferior a 1 milhão de euros.
E refere que a taxa de juro média dos novos empréstimos a empresas “apresentou uma ligeira subida, mas manteve-se em níveis historicamente baixos: 2,09% em outubro, valor acima dos registados em setembro de 2021 (2,03%) e em outubro do ano passado (2,07%)”.