Foi detetado, na quarta-feira, um caso de gripe das aves em Palmela, revelou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). As medidas de controlo já foram ativadas.
"O Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária confirmou que um evento de mortalidade ocorrido numa capoeira doméstica no concelho de Palmela [distrito de Setúbal] ocorreu devido a infeção por um vírus da gripe aviária do subtipo H5N1 de alta patogenicidade", anunciou, em comunicado, a DGAV.
As medidas de controlo ativadas incluem a inspeção do local onde foi detetada a doença, neste caso “uma exploração caseira destinada ao autoconsumo”, e das explorações pecuárias na zona de proteção em redor do foco, notando que, até ao momento, não foram identificados estabelecimentos industriais de criação de aves.
A DGAV lembra que não existem evidências de que a gripe das aves seja transmitida para os humanos através do consumo de alimentos. "Na origem da doença estará a regular migração de aves selvagens na Europa, provenientes da Ásia e do leste da Rússia, que têm permitido a circulação viral e a sua transmissão a longas distâncias", lê-se.
“Ocasionalmente, algumas estirpes de vírus da gripe aviária podem infetar outros animais, nomeadamente mamíferos e também o ser humano, no entanto, para que tal aconteça, é necessário que haja um contacto muito estreito entre as aves infetadas e as pessoas ou entre aves e outros animais”, acrescenta.
Tendo em conta a situação epidemiológica no país, a DGAV “salienta a importância fundamental do cumprimento estrito das regras de biossegurança e boas práticas de produção avícola, especialmente aquelas destinadas a evitar contactos diretos ou indiretos entre as aves domésticas e as aves selvagens, os procedimentos de higiene de instalações, equipamentos e materiais, bem como o controlo dos acessos aos estabelecimentos onde são mantidas as aves. É ainda importante a observação diária e atenta das aves de capoeira, incluindo a monitorização dos consumos de alimento e água e dos índices produtivos”.