Quem corre onde? Como é eleito? Como chega a deputado? Quantos vão por cada distrito? Por que motivo alguns distritos levam mais deputados que outros? O i tentará desfazer essas dúvidas.
Ao contrário das eleições presidenciais – em que se vota numa pessoa para um cargo -, nas eleições legislativas vota-se nos partidos que comporão a Assembleia da República. Há 22 círculos eleitorais: um por cada distrito, um para cada ilha, um “dentro da Europa” e outro “fora da Europa”. Os partidos candidatos apresentam listas aos diferentes círculos: estas deverão ter tantos candidatos efetivos como deputados aquele círculo eleitoral elege. No caso de Lisboa, que sentará 48 deputados nas próximas eleições, as listas dos partidos deverão ser compostas por 48 pessoas, embora nenhum partido, obviamente, recolha a totalidade dos cargos.
Já o número de deputados que cada distrito elege é proporcional ao seu número de eleitores: quantos mais eleitores, mais deputados. Lisboa, com quase 2 milhões de eleitores, é o maior distrito – logo, põe o maior número de deputados. Como a infografia ao lado expõe, além dos 48 de Lisboa, os 230 deputados restantes encontram-se distribuídos da seguinte forma: Porto, com 40; Braga, com 19; Setúbal, com 18; Aveiro, com 16; Leiria, com 10; Coimbra, Santarém e Faro, com 9; Viseu, com 8; Viana do Castelo e Madeira, com 6; Açores e Vila Real, com 5; Castelo Branco, com 4; Beja, Bragança, Évora e Guarda, com três; e Portalegre, Europa e Fora da Europa, que colocam dois deputados cada. A distribuição de deputados por círculo eleitoral mantém-se igual à de 2019.
As próximas eleições terão cerca de mais 10 mil eleitores do que houve nas anteriores: 10.821.244, em vez dos 10.811.436 de 2019.