A investigação no caso das Parcerias Público-Privadas (PPP) rodoviárias está encerrada, após a acusação contra dois antigos secretários de Estado do Governo de José Sócrates: Paulo Campos (Obras Públicas) e Carlos Costa Pina (Tesouro). A notícia foi avançada pelo Observador.
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), liderado pelo procurador-geral adjunto Albano Pinto, virou as suas miras para estes dois ex-políticos, acusando, respetivamente, Paulo Campos de dez crimes de participação económica em negócio, por alegadamente ter beneficiado – num valor superior a mil milhões de euros – de várias concessionárias rodoviárias na negociação das subconcessões, bem como na renegociação de vários contratos de autoestradas Sem Custos Para o Utilizador (SCUT).
Carlos Costa Pina, atual administrador executivo da Galp, é, por sua vez, acusado de cinco desses mesmos dez crimes, em regime de coautoria com Paulo Campos.
Rui Manteigas, ex-administrador da Estradas de Portugal, viu ser-lhe também imputado um segundo grupo de cinco crimes de participação económica em negócio.