Para quem está no mercado livre, os preços da luz vão descer em 2022. Mas para quem está no mercado regulado, os preços vão registar um aumento de 0,2%. O anúncio foi feito pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).
“Para os consumidores que permaneçam no mercado regulado (que representam 5% do consumo total e 915 mil clientes), ou que, estando no mercado livre, tenham optado por tarifa equiparada, a variação média anual das tarifas transitórias de venda a clientes finais em baixa tensão é de 0,2%”, indicou o regulador.
Para os clientes do mercado livre, na primeira fatura da luz do ano vai notar uma descida de 3,4% em relação aos preços em vigor no final de 2021. “A variação anual apresentada é relativa ao preço médio do ano 2021, que integra as revisões em alta da tarifa de energia em julho e outubro de 2021. Todavia, em janeiro de 2022 os consumidores vão observar uma redução média de -3,4% em relação aos preços em vigor em dezembro de 2021”, avança ainda a ERSE.
Novo máximo no mercado grossista
Ainda esta quarta-feira, o preço da eletricidade no mercado grossista ibérico foi fixado em 291,73 euros por megawatt por hora (MWh), o que representa o preço mais alto da história, após seis dias de aumentos.
Recorde-se que foi também estas mudanças no mercado grossista que levaram a ERSE a adaptar os preços.
Segundo os dados publicados pelo Operador do Mercado Ibérico de Eletricidade (OMIE), o preço máximo de quarta-feira foi 1,3% superior ao preço fixado para ontem, bem como 1,1% superior ao máximo anterior, registado em 7 de outubro (288,53 euros/MWh).
Assim, depois desse aumento, a eletricidade será 168% mais cara na quarta-feira do que há apenas uma semana (quando foi negociada a 108,73 euros/MWh, em 8 de dezembro) e quase cinco vezes o preço fixado pela `pool` na segunda quarta-feira de dezembro do ano passado (49,34 euros/MWh).
E há mais: o preço da electricidade será, pela primeira vez, superior a 290 euros/MWh.