Segundo o Ministério, "tratam-se de quatro figuras referenciais para as artes performativas em Portugal que, através dos projetos culturais A Barraca, Teatro Aberto, Artistas Unidos e Teatro da Cornucópia, respetivamente, entre outros projetos e iniciativas, influenciaram várias gerações de profissionais do setor cultural e artístico".
"A paixão, o talento e labor" das quatro personalidades "contribuíram decisivamente para aproximar os vários públicos do universo teatral através das suas linguagens estéticas, imaginação criativa, escolhas dramatúrgicas, pedagogias, discursos e dinâmicas coletivas", sublinha o Ministério da Cultura, no comunicado.
Os quatro homenageados são encenadores, mas também atores, "nessa dupla condição feita de múltiplas transversalidades, diálogos e potencialidades criativos, a que se soma ainda uma relevante dimensão formativa através da sua colaboração com o ensino artístico", aponta também o documento.
Maria do Céu Guerra (A Barraca), João Lourenço (Teatro Aberto), Jorge Silva Melo (Artistas Unidos) e Luis Miguel Cintra (Teatro da Cornucópia) nasceram na década de 1940 do século XX, tendo iniciado o percurso artístico "ainda em pleno Estado Novo, atingindo uma notável longevidade, coerência e capacidade de reinvenção que perpassaram a ditadura, a revolução dos cravos e o advento do regime democrático, a renovação do panorama teatral com o surgimento de novas companhias nas últimas décadas e, depois, a transição para o novo século com os desafios daí resultantes", lê-se ainda.
Para o Ministério, trata-se de um "reconhecimento oficial em formato coletivo, antevendo já a mesma lógica que irá presidir, a partir de 2022, à realização anual, sempre a 7 de junho, das "Comemorações do Mérito Cultural".
As Comemorações do Mérito Cultural foram instituídas pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 47/2021, de 11 de maio.
A cerimónia de atribuição das medalhas ocorrerá no próximo dia 21, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa.