Jovem despedida após se recusar a trabalhar com sintomas de covid-19

Caso ocorreu no Reino Unido. Rachel, de 22 anos, testou positivo no dia seguinte.

Rachel Baylis, uma jovem do Reino Unido, foi despedida do bar onde trabalhava por se recusar a trabalhar com sintomas da covid-19. Após realizar um teste PCR, o resultado foi positivo.

Segundo declarações da própria ao jornal britânico Metro, os sintomas – tosse e febre – começaram na terça-feira e nesse dia pediu para sair mais cedo. Contudo, foi-lhe dito que só poderia sair se encontrasse alguém para a substituir. Rachel decidiu fazer um autoteste de despiste ao vírus SARS-CoV-2 e o resultado foi negativo, por isso, decidiu continuar a trabalhar.

No dia seguinte, soube que um colega de trabalho testou positivo e decidiu marcar um teste PCR para si. Após avisar o chefe de que não iria trabalhar, Rachel foi instruída de que “a política da empresa” é que primeiro “tem de fazer um autoteste” para poder faltar ao trabalhar. “Se for positivo, marcas um PCR e isolas-te até receberes os resultados. Por favor, compreende que não é aceitável não apareceres para o teu turno esta noite”, lia-se na mensagem.

A jovem de 22 anos alegou que os autotestes são “notoriamente inconfiáveis” e que apresenta dois dos três sintomas de alerta do Sistema Nacional de Saúde britânico – o NHS. Por não se “sentir confortável” e com receio de “contagiar clientes e colegas”, Rachel avisou que se demitiria caso não entendessem os seus motivos. Mas a demissão não foi aceite.

O chefe respondeu que não aceitaria a demissão porque queria “discutir pessoalmente” com a jovem “o fim do seu período de experiência”. “Mostraste uma enorme falta de respeito pelos pedidos/políticas da gerência durante a última semana, que atingiu um ponto crítico na noite passada”, afirmou, sublinhando que, no dia em que desenvolveu os sintomas, “ameaçou sair do bar inúmeras vezes” e que mudou “de roupa antes do chefe de turno lhe dar autorização para sair”.

Ao jornal Metro, a jovem explicou que saiu à rua porque não se estava a sentir bem e levou o seu casaco. “Eu disse à gerência que estava mal disposta e sentei-me na rua com o meu casaco vestido e eles irritaram-se porque aparentemente mudei de roupa”, contou. “Foi aí que ameacei ir-me embora”.

A jovem, que é estudante universitária, frisou ainda que os motivos que o chefe deu para a sua demissão estavam quase todos relacionados com o dia em que não quis trabalhar porque estava com sintomas.

Em resposta, um porta-voz do grupo a que pertence o bar disse estar “a par das alegações” de que a empresa “não estava a seguir os protocolos de segurança”. No entanto, não quis fazer mais comentários porque não estão estabelecidos os próximos passos a seguir em relação ao caso.