Votaram cerca de 24 mil associados nas eleições para a liderança da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG). Virgílio Lima foi reeleito com 47,98% dos votos.
A lista liderada por Pedro Gouveia Alves conseguiu 24,33%, Eugénio Rosa 15,47% e Pedro Corte Real 10,11%.
Com estes resultados, a lista A vai contar com 15 elementos para a Assembleia de Representantes, a lista D consegue 7, a lista C 5 e a lista B 3.
Virgílio Lima congratulou-se com a vitória da Lista A. Naquela que considerou ser "uma noite feliz", o Presidente da AMMG lamentou a baixa participação nas eleições que terminaram hoje.
"O número de votos registados esteve longe de corresponder às nossas expectativas», sublinhou Virgílio Lima, acrescentando que «a expressão eleitoral foi condicionada pela pandemia e pela alteração da metodologia de voto, mas foram disponibilizadas várias modalidades de voto – como nunca no passado –, para que todos os associados tivessem condições para participar".
E lembrou que "não nos limitámos às soluções digitais. Mantivemos o voto por correspondência, garantimos votação presencial e assegurámos comunicação esclarecedora em televisão, rádio e imprensa, além de todas as plataformas digitais. Publicámos newsletters, enviámos mensagens SMS, reforçámos o contact centre… no propósito de chegar aos associados, motivando-os para uma manifestação de voto que sabemos tão necessária", reforça o presidente da AMMG, que reconhece que todo este esforço "não foi o suficiente para a participação associativa que ambicionamos".
Sobre a vitória da Lista A, Virgílio Lima considera que "a escolha ditada pelos associados traduz confiança no projeto, na visão e na ambição que apresentámos".
Virgílio Lima garante: "É com todos e para todos que avançaremos no ciclo de consolidação, crescimento e maior afirmação da nossa Associação e do nosso o Grupo, objetivos para os quais temos vindo a trabalhar afincadamente".
A lista de Eugénio Rosa já reagiu a esta derrota. "Saudamos todos os associados que exerceram o seu direito de voto apesar de todas as dificuldades técnicas que existiram no processo de votação. No entanto, não podemos deixar de começar por registar que foram as eleições menos participadas dos últimos anos. Um dos factores que nos levou a constituir esta lista foi a tentativa de combater o progressivo afastamento dos associados da sua associação. Não conseguimos mobilizar os associados de modo a construir outro caminho para a associação mutualista nestas eleições", refere em comunicado.
E acrescentou: "Os resultados da lista C ficaram aquém das nossas expectativas. A lista C obteve cerca de 16% dos votos expressos tendo eleito 5 membros da Assembleia de Representantes", acrescentando que "os eleitos pela lista C e todos os associados que se reuniram na nossa candidatura assumem o compromisso de fazer crescer e dar voz a este movimento que se constituiu em torno da nossa associação, batendo-nos pela sua moralização, transparência, participação e pela necessidade de construir caminhos capazes de ajudar a salvar o Montepio e construir o mutualismo do séc. XXI. Continuamos a acreditar que o mutualismo pode ser uma resposta estrutural aos principais problemas da vida dos associados e do país, e que o Montepio Geral Associação Mutualista deve ser a sua força motriz".
Também a lista de Pedro Corte Real afirma que "a grande ilação que retiramos dos resultados de hoje é a brutal abstenção, 95%, o que diminui drasticamente a legitimidade de quem ganhou", referindo que "a afluência às urnas, de cerca de 5%, revela um enorme afastamento dos Associados em relação à Mutualista. Um afastamento que tem responsáveis, que são quem geriu a instituição nos últimos 20 anos! E as autoridades que foram complacentes com essa gestão".