Morreu Richard Rogers, arquiteto britânico cocriador do Centro Georges Pompidou em Paris

Richard Rogers concebeu o Centro Georges Pompidou em Paris com Renzo Piano em 1971. 

Richard Rogers, de 88 anos, que ganhou o Prémio Pritzker – prémio concedido anualmente para "homenagear um ou mais arquitetos vivos, cujo trabalho demonstra uma combinação de qualidades, como talento, visão e compromisso, e que produziu contribuições consistentes e significativas para a humanidade e o ambiente construído por meio da arte da arquitetura" – em 2007, "morreu pacificamente", anunciou Matthew Freud, presidente e fundador da agência de comunicação Freuds, à agência de notícias britânica PA.

Segundo o jornal New York Times, foi o seu filho, Roo Rogers, que confirmou a morte, “de causa não especificada”.

Em 1993, a família do arquiteto, nascido em Florença, fugiu de Itália, que na altura se encontrava sob o regime do líder do Partido Nacional Fascista Benito Mussolini, rumo a Londres, onde Rogers acabou por se tornar “num dos pioneiros do movimento de alta tecnologia", distinguindo-se pelas suas estruturas de vidro e aço e tubagens expostas.

O Centro Pompidou, no coração de Paris, foi concebido por si, juntamente com o seu colega e amigo Renzo Piano em 1971. Para além disso, projetou a sede da companhia de seguros Lloyd's, que abriu em 1986 na 'city' de Londres e desde 2011 monumento classificado no Reino Unido.

Concebeu também o edifício do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos em Estrasburgo, os escritórios de Potsdamer Platz em Berlim, um terminal no Aeroporto Internacional de Barajas em Madrid, o Three World Trade Center em Nova Iorque, e o Millennium Dome em Londres, uma curiosidade das celebrações do ano 2000 que lhe valeu a ira do Príncipe Carlos.

Após se tornar Lorde Rogers of Riverside, o artista ocupou um lugar na Câmara dos Londres – a câmara alta do Parlamento britânico – nas fileiras trabalhistas, em 1996.