Alondra Salinas, de catorze anos de idade, morreu depois de ter ingerido um comprimido falso comprado pelo Snapchat. A jovem tinha tudo preparado para ir para a escola na noite anterior. Mas a sua mãe não conseguiu acordá-la na manhã seguinte.
Mas não é caso único. Zachary Didier, de dezassete anos de idade, estava à espera de saber a resposta sobre as candidaturas à faculdade quando um falso Percocet o matou. Sammy Berman Chapman, também com 16 anos, morreu no seu quarto depois de ter ingerirido um suposto Xanax.
As tragédias fazem parte de uma explosão de mortes relacionadas com drogas entre os jovens do ensino secundário e superior, alimentadas pelo que os especialistas dizem ser uma inundação de comprimidos falsificados cheios de fentanil que são vendidos nas redes sociais e, por vezes, entregues diretamente nas casas dos menores.
As estatísticas do Reino Unido mostram um enorme aumento do número de mortes relacionadas com a droga durante a pandemia, com a mortes a ultrapassarem as 93.000 em 2020, um aumento de 32% quando comparado com 2019. Mas nenhum grupo viu um aumento mais rápido do que os jovens com menos de 24 anos, segundo uma análise do The Guardian aos dados 2020.
Neste grupo, as mortes acidentais por droga aumentaram 50% num único ano, tirando a vida a 7.337 em 2020. Os especialistas dizem que uma grande parte deste aumento se deve às grandes quantidades de fentanil que entram nos EUA.