A vida extraterrestre pode ser vista por muitos como algo natural e por outros como uma divindade. Estas criaturas são um dos motivos que alimentam as divergências entre a religião e a ciência. No entanto, a NASA decidiu colocar tudo "em pratos limpos" e quis saber como é que as religiões mundiais reagiriam se fossem encontradas provas de vida extraterrestre.
A agência norte-americana reuniu 24 teólogos, em 2016, para um programa chamado "The Societal Implications of Astrobiology", em português, "As implicações sociais da astrobiologia", noticiou o jornal The Times. Este grupo ficou encarregado de abordar a forma exata de como as religiões iriam lidar com a descoberta dos 'aliens', visto que milhares de milhões de pessoas estão convertidas a uma determinada religião.
Várias questões se impõem: Como é que a vida extraterrestre mudaria a perceção de Deus? Qual seria o impacto por exemplo na história da criação bíblica? Será que as religiões teriam de mudar a sua doutrina?
Segundo o padre anglicano e téologo da Universidade de Cambridge, Andrew Davison, que participou no programa, as pessoas religiosas irão levar a "ideia a sério", ao indicar à mesma fonte que, por outro lado, a comunidade não religiosa em geral tende a "sobrestimar os desafios que as pessoas religiosas" encontrariam se alguma vez descobríssemos provas de vida extraterrestre.
Já um rabino, um imã e outro padre anglicano também disseram ao The Times que a doutrina cristã, judaica e islâmica sobreviveriam caso a vida extraterrestre fosse confirmada.
Ainda assim, este programa da NASA não deu sinais de que a humanidade esteja perto de descobrir extraterrestres num futuro próximo. Uma pequena esperança pode ser alimentada agora pelo lançamento do novo telescópio espacial James Webb, que irá desvendar pormenores sobre a vida do planeta terra e da galáxia nos seus primórdios.