Por Luís Jacques, engenheiro civíl
António Costa e os socialistas acham que vão ganhar as eleições legislativas antecipadas com base no resultado das eleições autárquicas em que tiveram o maior número de votos e de Câmaras Municipais.
Esquecem-se da vitória dos partidos do centro e da direita em Lisboa, Coimbra, Funchal, Portalegre e Barcelos, assim como, terem obtido a maioria das capitais de distrito, o que criou uma mudança significativa na perspetiva dos portugueses de que é possível ganhar aos socialistas.
As últimas sondagens da Pitagórica e da Aximage, divulgadas antes do congresso do PSD, dão um empate técnico entre o PS e o PSD, pois a diferença de votos é inferior à margem de erro da sondagem, e confirmam esse ambiente de confiança.
António Costa decidiu manter como cabeças-de-lista muitos dos ministros e dos secretários de estado do seu governo. Foi pena não ter incluído Eduardo Cabrita. Assim, seria mais fácil ganhar ao PS, pois os portugueses estão fartos de António Costa e dos ministros do seu governo socialista. O maior e um dos piores da história da democracia.
Outra leitura possível é que António Costa, na velha tradição socialista, resolveu acautelar ‘jobs for the boys & girls’ para o caso do PS perder as eleições e assim garantirem um lugar no Parlamento.
António Costa e o Partido Socialista não esclarecem os portugueses se apoiam um governo minoritário do PSD, caso percam as eleições, porque não tencionam fazê-lo. Querem continuar no poder, nem que tenham de engolir uns sapos gigantes, à custa do apoio, uma vez mais, dos comunistas e dos bloquistas. Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és. Os socialistas ao formarem a ‘geringonça’ radicalizaram as suas posições, pois precisavam dos votos do PCP e do BE no Parlamento.
Fica claro para o eleitorado moderado que, para alterar a situação existente, devem votar nos partidos do centro-direita para que não haja maioria de esquerda no Parlamento com socialistas, comunistas e bloquistas.
Não acredito que os portugueses já se tenham esquecido que depois de seis anos de governos socialistas, António Guterres deixou o país de tanga em 2001, José Sócrates deixou o país na bancarrota em 2011 e António Costa deixa o país, em 2021, mais pobre em relação aos outros países europeus.
Não acredito que os portugueses depois de terem visto os ex-países comunistas da Europa de leste a ultrapassarem Portugal no rendimento per capita, em paridade do poder de compra, de terem suportado a mais alta carga fiscal de sempre, de terem sofrido os desmandos da geringonça com a degradação do Serviço Nacional de Saúde, da escola pública e da generalidade dos serviços públicos queiram que os socialistas voltem a formar governo com o apoio da extrema-esquerda dos comunistas e dos bloquistas.
António Costa e os socialistas querem que os portugueses estejam anestesiados até às eleições legislativas e para isso usam o medo da pandemia para não exporem todas as falhas da governação socialista com o apoio da ‘geringonça’.
Nota: Vale a pena ver o que disse o ministro Pedro Nuno Santos, em 2020, sobre a reestruturação da TAP. A 16 de junho garantiu que «os despedimentos não têm de ser inevitáveis». «Há várias formas de fazermos uma reestruturação da empresa. O que ela tem é de ser feita com os sindicatos e há várias formas de fazermos isso. Os sindicatos têm várias sugestões e propostas. É um trabalho que vamos fazer». Esqueceu-se que Portugal está na União Europeia e tem regras a cumprir. Não me venham falar em sucesso do ministro, que vai cumprir o que a Comissão Europeia o obriga a fazer. Pela boca morre o peixe!