Vários milhares de pessoas saíram no domingo às ruas de Bruxelas com o objetivo de protestar contra o passe de saúde e as restrições para prevenção da covid-19. Segundo a agência AFP, ecoavam nas ruas palavras de ordem, a mais repetida, "liberdade".
De acordo com a agência de notícias francesa, os protestos contaram com cinco mil pessoas – números avançados pela polícia – que marcharam na capital da Bélgica e foram convocados pelo movimento “Juntos pela liberdade”, que reúne atualmente várias associações.
Há várias semanas que protestos deste género – contra o certificado de saúde, necessário para aceder a restaurantes ou eventos culturais – se têm repetido, causando confrontos com a polícia.
Na manifestação, segundo a agência, observaram-se cartazes com frases como “Não à ditadura da vacina” ou mesmo “Tira as mãos às nossas crianças”, a propósito da decisão das autoridades belgas de autorizar a vacinação de crianças entre os cinco a 11 anos.
Por sua vez, o ministro belga da Saúde, Frank Vandenbroucke, em declarações ao canal de televisão RTL, defendeu um debate no parlamento sobre a obrigatoriedade da vacinação ou a criação de um passe de vacinação, como em França, “o mais rápido possível”. Vandenbroucke criticou ainda a posição do presidente francês Emmanuel Macron, quando disse querer “irritar” os não vacinados, frisando ser necessário “evitar esse tipo de divisão”.