Nas promessas eleitorais do PS, António Costa mencionou a semana de trabalho dos 4 dias. Não acredito que seja sua intenção ir por aí agora, quando o país está a tentar recuperar economicamente da Pandemia, e os patrões são comprovadamente maus, sobrando a força do trabalho. Por alguma razão deixou de falar nisso.
Mas faz todo o sentido trabalhar menos, e forçar toda a UE a isso. Sobretudo quando tecnicamente se consegue muito mais, devia-se fazer os trabalhadores ganharem também com os avanços tecnológicos.
E os EUA há muito impuseram nas suas maiores empresas, sobretudo nas multinacionais, o horário dos 4,5 de trabalho, dando a 6ª-feira à tarde aos seus trabalhadores. E sabemos como os EUA, em comparação com a Europa, são mais indiferentes aos trabalhadores, e apenas preocupados com os empresários, que pagam as campanhas políticas.
De resto têm a filosofia de fazer as pessoas suarem seja lá pelo que for, achando que é a melhor maneira de as pôr a suar.
Portanto, parecer-me-ia mais simples avançar já para a semana de trabalho dos 4,5 dias. Daí vem de resto o ‘casual fato’ das 6ªs-feiras, dia em que não é suposto ter-se contactos com outras figuras, e as pessoas estarem arranjadas para partirem imediatamente de fim de semana. Em Portugal importou-se só o ‘casual fato’ das 6ªs-feiras, nalguns casos, sem importar o que isso implica mais. Inclusive, o deixar de ter contactos profissionais com o exterior. Portanto, já nem falo só em alargar o fim-de-semana.