O Ministério Público determinou a reabertura da investigação ao atropelamento mortal de um trabalhador na A6 no acidente que envolveu o carro do antigo ministro da Administração Interna, procurando agora averiguar a responsabilidade criminal de Eduardo Cabrita.
O ex-governante deverá agora ser constituído arguido por suspeitas do crime de homicídio negligente por omissão, avançou a CNN Portugal, esta quinta-feira.
De acordo com aquele órgão, a decisão decorre após a Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados (A-CAM), assistente no processo, ter entregue, na terça-feira, um requerimento de intervenção hierárquica, ao magistrado do Ministério Público coordenador da comarca de Évora, para tentar responsabilizar o antigo ministro.
No documento, a associação alegava que a acusação, que visou apenas o motorista do ministro, era omissa em relação à conduta de Eduardo Cabrita, que seguia na viatura oficial que atropelou mortalmente um trabalhador na A6.
Segundo a (A-CAM), os autos têm matéria suficiente para acusar criminalmente Eduardo Cabrita e Nuno Dias, responsável pela segurança do então governante.
Agora, o diretor do DIAP de Évora, o procurador José Carlos Franco, vem dar razão ao requerimento, considerando que essa alegada responsabilidade do ministro não foi e devia ter sido averiguada no inquérito. Neste sentido, deu ordem formal de reabertura do processo.
{relacionados}