Chefe de segurança de Cabrita disse não ter noção da velocidade a que seguiam na altura do atropelamento

O chefe de segurança pessoal do ex-ministro da Administração Interna referiu desconhecer a velocidade a que circulava a comitiva, justificando que a velocidade é “adequada a cada missão, ao momento e ao local”.

O chefe de segurança pessoal do ex-ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita afirmou no inquérito sobre o atropelamento mortal na A6 desconhecer a velocidade a que circulavam os veículos da comitiva do ex-governante.

De acordo com os autos do processo, consultados pela Lusa, Nuno Dias, da Polícia de Segurança Pública (PSP) e chefe de segurança de Alta Entidade, cuja constituição como arguido foi agora determinada pelo Ministério Público (MP), foi inquirido como testemunha em junho do ano passado.

Nessa altura, referiu não ter noção da velocidade a que circulava a comitiva, “sendo a velocidade adequada a cada missão, ao momento e ao local”.

A 18 de junho de 2021, quando ocorreu o acidente, a comitiva do então ministro da Administração Interna (MAI) era constituída por três viaturas, seguindo Eduardo Cabrita na primeira delas.

Nuno Dias seguia na viatura imediatamente atrás do automóvel do ex-MAI, juntamente com outros elementos da comitiva, e declarou que foi ele a acionar os meios de socorro para o local do atropelamento.

O chefe de segurança argumentou ainda que o posicionamento das viaturas na A6, com o automóvel do ministro na faixa mais à esquerda e os outros veículos desenquadrados por razões de segurança, era o normal neste tipo de viagens.

Note-se que o ex-ministro Eduardo Cabrita e o “responsável pela segurança da comitiva” vão ser constituídos arguidos por despacho do diretor do DIAP de Évora, que decidiu reabrir o inquérito.

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