António Félix da Costa, o piloto que Portugal e o mundo consagraram em 2020, após conquistar o título de campeão mundial de Fórmula E, está de volta às pistas e tem fome de títulos, procurando recuperar de um 2021 aquém do expectável. No ano passado, o piloto da DS Techeetah não foi além do 11.º lugar na classificação geral de pilotos, mas 2022 é um novo ano, cheio de oportunidades para recuperar o título mundial.
É importante recordar que foi em Diriyah – onde arranca a nova temporada – que, em 2021, Félix da Costa conquistou um importante terceiro lugar, sinal que o circuito não é, de todo, desconhecido ao piloto de Cascais. «Finalmente chegou a hora. É sempre especial este sentimento de adrenalina de começar uma época. Todos começam do zero e ninguém sabe muito bem o que esperar. Portanto, parto com confiança moderada para esta primeira corrida», augurou o piloto de 30 anos, em antevisão à temporada que agora começa.
Félix da Costa não escondeu a frustração com os resultados do ano passado mas, citado pelo website oficial da sua equipa, garante que a DS Techeetah fez o seu «trabalho de casa» para regressar ás vitórias.
«Detesto ser apenas mais um. Fiz isso demasiado tempo no meu início na Fórmula E, numa altura em que não tive as ferramentas para lutar por vitórias e pelo campeonato. Mas, quando se chega aqui [à discussão o título], é viciante e não se quer voltar atrás», declarou o português, que correrá lado a lado com o francês Jean-Eric Vergne.
Em Diriyah, na Arábia Saudita, as primeiras duas corridas da temporada decorrem nesta sexta-feira e sábado, respetivamente. O duelo elétrico arranca às 17h, hora de Portugal, na sexta-feira, e será novamente palco de um espetáculo de luzes e pilotagem onde o neerlandês Nyck de Vries, da Mercedes-EQ, começará a luta pela defesa do título conquistado na época anterior. O piloto conhece bem o circuito de Diriyah, e foi, aliás, o vencedor da etapa saudita em 2021, naquela que foi a primeira corrida noturna da história da Fórmula E.
21 curvas de emoção
O primeiro circuito noturno da Fórmula E é composto por 21 curvas e contracurvas que formam o percurso de 2,495 quilómetros em torno das históricas muralhas da cidade saudita que é património da UNESCO, não muito longe da capital Riade.
A gestão da energia é uma das principais preocupações estratégicas dos pilotos da Fórmula E, e o circuito de Diriyah é casa de vários pontos desafiantes neste setor, principalmente uma reta final que poderá drenar fortemente as baterias dos 22 pilotos que estarão na luta pelo título, obrigando a um cuidadoso planeamento.