Um incêndio, que deflagrou numa zona do Parque Natural de Montesinho, em Bragança, esta madrugada de sexta-feira, está a consumir mato, havendo agora meios de combate portugueses e espanhóis no combate às chamas.
Segundo disse o comandante dos bombeiros locais, Carlos Martins, à agência Lusa, esta situação "não é normal" devido à sua dimensão e também por ocorrer fora de época, apesar de naquela zona não ser uma situação que se limita ao verão. Já se registaram em alguns anos várias ignições na primavera, nomeadamente no mês de março, mas até à data não ocorreu um incêndio nesta altura do ano.
O incêndio deflagrou na zona da Lama Grande, na linha de fronteira com Espanha, e, de acordo com o site da Autoridade Nacional de Proteção Civil, pelas 13h36, estão envolvidos cinco meios aéreos espanhóis, 77 operacionais e 20 viaturas.
O comandante indicou que a origem do incêndio ainda está por conhecer, indicando que o fogo foi detetado pelos bombeiros por volta das 04h00, quando avistaram uma coluna de fumo.
Neste momento, "está a arder mato" e as chamas estão a percorrer de um lado e do outro da fronteira, estando, nas últimas horas, a encaminhar-se para a zona de Vinhais, onde se localiza, junto com o de Bragança, o Parque Natural de Montesinho.
De notar ainda que ontem foi realizado um fogo controlado, as chamadas queimadas, na zona de Soutelo, em Bragança, confirmou o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF).
O comandante dos bombeiros disse que a corporação esteve a dar apoio a essa operação e admite que "não tem qualquer relação" com o incêndio que está em curso pela "distância" entre os dois eventos e as temperaturas negativas durante a noite com formação de geada.