O Partido Ecologista 'Os Verdes' (PEV) considerou que a perda da representação parlamentar “dificultará a ação ecologista institucional”, contudo, garante que não diminuirá a “intervenção” e “determinação” do partido. Para explicar o resultado da CDU, o PEV aponta o clima de “forte bipolarização” entre PS e PSD.
“A perda de representação Parlamentar do Partido Ecologista Os Verdes dificultará a ação ecologista institucional, mas não diminuirá a intervenção, vontade e determinação do PEV e dos seus membros e dirigentes, que continuarão todos os dias ao lado das populações, ao lado da Natureza, a agir em prol de um país melhor, social e ecologicamente equilibrado. A componente parlamentar é apenas uma das facetas da luta e intervenção do PEV, entre muitas outras”, começa por referir uma nota da Comissão Executiva Nacional do PEV, que esteve reunida na quarta-feira, para analisar os resultados eleitorais do passado domingo.
O PEV considera que o resultado das legislativas “não reflete de forma alguma o notável trabalho de campanha esclarecedora que os candidatos, militantes e simpatizantes da CDU e das forças que a compõem” e aponta como causa “a forte bipolarização construída e empolgada pela comunicação social agravada pela proliferação de sondagens, lançando constantemente a ideia de um empate técnico entre PS e PSD e que contribuiu decisivamente para a obtenção de maioria absoluta por parte do PS”.
“Aliás uma estratégia delineada pelo PS, com o apoio do Presidente da República e que começou com a convocação de eleições antecipadas”, acrescenta.
O partido garante ainda que, mesmo num quadro mais difícil, irá “continuar a intervir em todos os planos” e lançar “no imediato uma campanha nacional pela salvaguarda do património natural do país".
Recorde-se que, no domingo, a CDU, da qual também faz parte o PCP e a associação Intervenção Democrática, obteve o pior resultado em eleições legislativas, ao perder seis dos 12 deputados que tinha desde 2019. O PEV não conseguiu eleger qualquer deputado.