Um «hobby» acabou por transformar-se no MAMMA – Museu de Arte Moderna da Madeira, um espaço com 800m2 que pode ser visitado na capital do arquipélago, na Estrada Monumental (Largo da Paz). Depois de ter guardado as suas criações em casa ao longo de mais de 15 anos, Rui Sá – incentivado pelos amigos e pela mãe, aliás o nome é também uma homenagem do diretor e curador do museu à sua mãe, pela importância que teve no desenvolvimento da sua veia artística – decidiu mostrá-las ao mundo. E o resultado são mais de 300 obras do artista madeirense expostas desde julho de 2021, data em que o MAMMA abriu portas depois de dois anos e meio em construção. Influenciado pelas viagens e pelos mais de 100 países que visitou, Rui Sá pretende acima de tudo que este seja um espaço «sem preconceito», onde todas as artes são bem-vindas – por isso, o Museu de Arte Moderna tem como missão principal «desafiar os visitantes para a criatividade, para o sentido crítico e para a análise da arte com significado, para além do simples olhar».
Os quatro elementos
Mais do que a exposição de um conjunto de peças de arte. O MAMMA foi sempre pensado e desenvolvido ‘fora da caixa’: está, assim, dividido por 13 zonas temáticas (Oásis, Mamma Club, Éden, Mistérios, Caverna, Carpe Diem, Arena, Obelisco, Universo, Tempo, Natureza, Êxodo, Energia) com base nos clássicos quatro elementos – água, ar, terra e fogo, aos quais o responsável juntou o espírito como quinto elemento. «Aqui questionam-se as certezas, estimula-se o conhecimento, o pensar de maneira diferente», diz Rui Sá, lembrando que o MAMMA pretende atingir uma dimensão emocional. Além disso, o artista, economista de profissão, sublinha também o facto de este ser um museu preparado para multi-eventos.
«É um museu para todos. Um palco ideal para a organização de variados eventos, desde os concertos de diferentes tendências musicais, desfiles de moda, ensino artístico, workshops, tertúlias de cariz cultural, visitas de estudo, uma panóplia de dinâmicas no âmbito da performance, da fotografia, do vídeo, do teatro, da dança, da música, da poesia e do entretenimento em geral», adianta.
Este sábado, dia 5 de fevereiro, o MAMMA recebe, às 19h30, o pianista polaco Paweł Popko, vencedor de vários prémios internacionais que irá interpretar obras de compositores clássicos, com destaque para Chopin.
Integrar o MAMMA no roteiro turístico da ilha é também uma das metas de Rui Sá, que pretende sempre interagir com outras propostas artísticas «no âmbito da pintura e não só» e dar a «oportunidade de conhecer outros artistas, numa lógica de partilha global, novas visões, novas técnicas, novos conceitos a coabitar com o já conhecido».
O amor à arte e à criatividade são palavras de ordem e, no fundo, a razão que levou Rui Sá a projetar este MAMMA: «Amamos a arte…A Paixão Pelo Desconhecido e o Milagre da Criatividade que Alimenta a Alma dos Artistas […] A Arte é Libertar a Imaginação Sem Medo», pode ler-se na biografia do Instagram oficial do MAMMA (@mammaartmuseum).