O ministério da Defesa ucraniano confirmou, esta sexta-feira, que foram registadas 60 violações do cessar-fogo, em vigor na região de Donbass, na Ucrânia, nas últimas 24 horas. Pelo menos, um soldado e dois civis ficaram feridos na sequência destes incidentes.
De acordo com um relatório publicado na página do ministério da Defesa ucraniano, "nas últimas 24 horas, a 17 de fevereiro, as forças armadas da Rússia efetuaram 60 violações do cessar-fogo, 43 das quais usando armas proibidas pelos acordos de Minsk”.
Também é referido que "dois civis ficaram feridos no bombardeamento das forças de ocupação russas", ao acrescentar ainda que "ontem o bombardeamento inimigo danificou um jardim de infância, cabos de eletricidade, um gasoduto e destruiu duas casas particulares na vila de Luhansk", o que resultou em "três funcionários do jardim de infância feridos".
"As forças armadas russas dispararam artilharia na vila de Vrubivka e danificaram o prédio de uma escola secundária local, um gasoduto e uma casa particular", reportou por último o ministério.
Esta atualização surge pouco tempo antes de os separatistas da região de Donetsk, apoiados pela Rússia, terem acusado o exército ucraniano de ter atacado a aldeia de Petrivske, na madrugada de hoje.
O tenente-general do exército ucraniano, Alexander Pavlyuk, também emitiu um comunicado, horas antes, a acusar neste caso os separatistas pró-Moscovo de aumentar as "ações provocadoras" nas últimas horas, com o intuito de suscitar a intervenção da Ucrânia, de forma a justificar uma invasão das forças russas. “Tudo isto é feito para provocar as Forças Armadas e levá-las a retaliar e depois acusá-las de genocídio”, apontou.
Note-se que os Estados Unidos afirmaram ontem que a Rússia poderá provocar um incidente para que crie um pretexto para invadir a Ucrânia, algo que este país não acredita que venha a acontecer.
Segundo disse o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, hoje no parlamento, os serviços de informação daquele país "veem todos os movimentos que podem representar uma ameaça potencial para a Ucrânia". "Estimamos que a probabilidade de uma escalada em larga escala seja baixa", afirmou, citado pela Reuters.
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