O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC na sigla em inglês) diz que Portugal não enviou os dados de testes referentes à última semana.
De acordo com a informação que consta na página oficial do ECDC, Portugal não apresentou os dados referentes a testes para efeitos do último mapa semanal, requisito utilizado para calcular a taxa de notificação a 14 dias, ponderada pela implantação da vacina.
Na última atualização, que data de quinta-feira, no mapa do ECDC Portugal aparece listado a preto e cinzento, com a referência “dados disponíveis insuficientes”.
Em esclarecimentos à Lusa, a Direção-Geral da Saúde (DGS) garantiu que informou ter procedido “à submissão dos dados na plataforma europeia, seguindo o procedimento habitual e sem constrangimentos identificados”.
A DGS referiu ainda estar a aguardar um “esclarecimento” da situação por parte daquela agência da União Europeia.
O ECDC, criado em 2005 para reforçar as defesas da Europa contra doenças infecciosas, publica os referidos mapas todas as semanas, na sequência da Recomendação do Conselho Europeu sobre a abordagem coordenada às restrições e à livre circulação, em resposta à pandemia de covid-19. Um mecanismo que foi adotado a 25 de janeiro e que entrou em vigor a 1 de fevereiro.
Nessa recomendação, o Conselho Europeu solicita ao ECDC uma classificação dos Estados-membros da União Europeia e do Espaço Económico Europeu (conjunto ao qual se somam a Islândia, o Liechtenstein e a Noruega), tendo como referência um indicador que tem por base a taxa de notificação a 14 dias, ponderada pela adesão à vacina em cada região.
Ou seja, os mapas baseiam-se em dados comunicados pelos próprios países, que depois são reunidos semanalmente entre segunda e quarta-feira (relativos à semana anterior) e publicados às quintas-feiras.
Segundo a mais recente análise de risco – as chamadas “linhas vermelhas” – do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgada na sexta-feira, na última semana foram efetuados cerca de 847 mil testes de despiste do SARS-CoV-2 em Portugal, uma redução face aos sete dias anteriores (mais de 1,2 milhões de testes).