O Ministério Público (MP) avançou, esta quarta-feira de manhã, com o arresto provisório de bens nas casas de Manuel Pinho, no âmbito do processo EDP, avança a CNN.
O arresto, requerido pelo MP e autorizado pelo juiz Carlos Alexandre, está a ser levado a cabo no Porto e em Albufeira, bem como na quinta em Braga, onde Manuel Pinho se encontra em prisão domiciliária.
Um comunicado, citado pela estação televisiva, indica que o objetivo é a “recolha de novas provas, bem como de instrumentos, produtos e vantagem dos crimes em investigação, entre os quais, os de corrupção passiva para ato ilícito por titular de cargo político com vantagem de valor consideravelmente elevado, de participação económica em negócio também por titular de cargo político e branqueamento”.
O MP vai decidir se os bens ficam com fiel depositário ou se serão levados por uma empresa de mudanças.
Recorde-se que o juiz Carlos Alexandre já tinha decretado o arresto da pensão de 15 mil euros do antigo ministro da Economia, que passa a receber mensalmente 2.115 euros. Pinho encontra-se em prisão domiciliária desde dezembro.
O antigo governante é acusado dos crimes de fraude fiscal e branqueamento de capitais. Foi constituído arguido no âmbito do caso EDP em 2017, com base em alegadas transferências de dinheiro provenientes do Grupo Espírito Santo. Além disso, o seu nome foi mencionado numa investigação do Consórcio Internacional de Jornalistas (Pandora Papers), incluindo-o numa lista de políticos que terão escondido fortunas em paraísos fiscais.