MNE fala na “maior crise de segurança na Europa” desde a II Guerra Mundial e pede à Rússia que “cesse” agressão

Governante defende “reação firme da comunidade internacional: no plano politico, económico e na segurança e defesa”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, disse, esta quinta-feira, que a invasão russa à Ucrânia é a “maior crise de segurança na Europa desde o fim da segunda guerra mundial”.

Ao abrir o debate, no Parlamento, o governante começou por lamentar as vidas que já foram perdidas e pediu à Rússia que pare com este ato de “agressão” à Ucrânia, naquela que é uma violação “ostensiva” da Carta das Nações Unidas.

“Essa ação de agressão tem de ser bem caracterizada. É uma invasão militar de um estado soberano, a Ucrânia, por parte de outro estado, a Federação russa. É um ato de agressão praticado com uma duplicidade que raramente se viu na cena internacional nas últimas décadas, é intolerável e inaceitável para a comunidade internacional”, começou por dizer o ministro dos Negócios Estrangeiros, apelando à Rússia para que “recue e cesse” este ato.

“Os 50 milhões de ucranianos têm direito a escolher o seu destino e a decidir eles que alianças e objetivos querem. E as centenas de milhões de Europeus têm direito em viver em paz e em estabilidade”, defendeu. 

Após expressar solidariedade pela comunidade ucraniana em Portugal, Santos Silva disse ainda que a reação da União Europeia (UE) ao conflito acontecerá no plano económico-financeiro, no qual a UE tem “particular” protagonismo.

“O Conselho Europeu dará orientações claras para um novo pacote de sanções ainda mais duro”, afirmou.

Quanto à retirada de portugueses da Ucrânia, Santos Silva garantiu que a operação se encontra em curso. 

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