O embaixador da Sérvia em Portugal, Oliver Antic, que morreu afogado na Boca do Inferno na sexta-feira da semana passada, foi vítima de um acidente. A informação foi prestada ao Nascer do SOL por um amigo português do diplomata, que solicitou o anonimato. Alguma imprensa chegou a noticiar a existência de um suicídio, mas a fonte ouvida por este jornal nega esta versão, adiantando que Antic era um apaixonado pela fotografia e estava a fazer um vídeo quando escorregou numa rocha e caiu ao mar. O episódio foi testemunhado por pescadores lúdicos que se encontravam ali a pescar e que chamaram as autoridades. O corpo do infeliz embaixador ainda seria retirado do mar com vida, mas as tentativas de reanimação revelaram-se infrutíferas.
Tendo ido a uma visita de trabalho a Cascais, o diplomata, verificando que ainda dispunha de algum tempo livre, pediu ao motorista para parar o carro. A intenção era fazer um vídeo daquela zona, onde o mar proporciona imagens espetaculares, para enviar aos netos, que vivem nos Estados Unidos. Mas, estando a filmar de costas para o mar, acabou por escorregar nas rochas e cair.
Aquela zona da costa ocidental de Portugal tem sido palco de acidentes com algumas semelhanças com este, tendo assumido particular dramatismo a morte no Cabo da Roca, em agosto de 2014, de um casal de polacos à vista dos filhos, um menino e uma menina, de cinco e seis anos.
O embaixador Oliver Antic é apontado pelos amigos como «um homem alegre, culto e amigo de Portugal», cujo território conhecia bem. Estando prestes a terminar a sua missão em Lisboa, teria decidido permanecer ligado ao nosso país, tendo comprado recentemente um apartamento no Algarve, depois de ter adquirido uma pequena quinta nos arredores de Lisboa.
O funeral realizou-se ontem.