A guerra na Ucrânia não está a travar a atenção das autoridades de saúde quanto à vigilância do vírus da covid-19, garantiu a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, esta quarta-feira, sublinhando que é preciso estar atento à evolução da pandemia.
A partir do momento em que as tropas russas invadiram o território ucraniano, na madrugada da quinta-feira passada, a pandemia de covid-19 passou para segundo plano na comunicação social.
Mesmo fora do grande radar, Graça Freitas disse que as pessoas continuam a tomar as medidas necessárias neste momento.
"As pessoas têm um grande sentido de autopreservação própria e dos que lhes estão próximos e, portanto, a nossa responsabilidade é vigiar cada vez mais e de perto o vírus", sublinhou a diretora-geral da saúde, em entrevista à agência Lusa, assegurando que as autoridades de saúde não estão "a abrandar essa vigilância", porque há uma guerra: "São duas coisas infelizmente negativas, mas completamente distintas para os serviços de saúde, para quem vigia o vírus, quer a nível clínico, epidemiológico ou laboratorial".
A pandemia deixou de ter tanta visibilidade "porque há uma guerra", o que deixou todos "profundamente tristes", no entanto, "o vírus ignora completamente que há uma guerra e vai fazer o seu percurso", assinalou a responsável.
Para Graça Freitas, se existir algum sinal "de que o vírus está a constituir uma nova ameaça porque tem uma nova variante, com novas características", as pessoas irão ouvir as autoridades de saúde tal como "ouviram no passado" e "responderão certamente a esse alerta".
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