Um instrutor de artes marciais de 50 anos, indiciado pela prática de dez crimes de abuso sexual de crianças no concelho de Alcobaça foi proibido pelo tribunal de exercer a profissão e de se aproximar das alunas, informou esta segunda-feira o Ministério Público (MP).
O homem foi detido pela Polícia Judiciária e e apresentado a primeiro interrogatório judicial, tendo o tribunal considerado o indivíduo "fortemente indiciado" de ter dirigido "comentários", feito "propostas de cariz sexual", enviado "mensagens escritas de igual teor" e praticado "atos sexuais de relevo sobre duas menores, de 11 anos, suas alunas de artes marciais", lê-se na página da internet do Ministério Público (MP) de Leiria.
Segundo o MP, os factos ocorreram entre setembro de 2021 e janeiro de 2022, em Alcobaça, período durante o qual o arguido se terá "aproveitado do fácil contacto e do ascendente que tinha sobre as menores, enquanto instrutor das mesmas, para melhor conseguir alcançar os seus intentos".
O homem foi detido na passada terça-feira pelo Departamento de Investigação Criminal de Leiria, cuja investigação permitiu apurar que as "vítimas, do sexo feminino, foram sujeitas a atos sexuais de relevo, por parte do agressor", informou em comunicado a PJ.
Depois de, no dia seguinte, ter sido presente a tribunal, o Juiz de Instrução Criminal determinou que o arguido deveria aguardar os ulteriores termos do processo sujeito às medidas de coação de proibição de contactar, por qualquer meio, com as menores; de proibição de frequentar ou permanecer na residência das mesmas, bem como nos seus estabelecimentos escolares; à obrigação de apresentação periódica, semanal, perante autoridade policial e à suspensão de exercício de funções como instrutor, a qualquer título, de menores.