O primeiro-ministro disse esta quinta-feira à chegada da cimeira da NATO, em Bruxelas, que os aliados reafirmarão "a unidade da aliança no pilar europeu, no pilar do Reino Unido e americano".
"Unidos na defesa da paz e numa afirmação muito clara de que é preciso por fim à guerra, é necessário reestabelecer o direito internacional com a retirada das tropas russas da Ucrânia", salientou.
António Costa explicou também que Portugal está a contribuir de duas maneiras:
"Primeiro, relativamente à Ucrânia propriamente dita. No âmbito da União Europeia estamos a aplicar todas as sanções que têm vindo a ser decretadas" e, em segundo lugar, o país tem "estado a fornecer quer apoio humanitário quer material, designadamente material militar". E, no âmbito da NATO, "temos reforçado aquilo que é a nossa participação no conjunto dos contributos de dissuasão nos países de leste", acrescentou.
O primeiro-ministro afirmou ainda que a "NATO é uma aliança defensiva, não desencadeia a guerra, não intervém em guerra em territórios terceiros e, por isso, não está a participar em ações militares no território da Ucrânia". Por outro lado, a Aliança, "dá apoio militar, dá apoio político, dá apoio moral, dá apoio económico", disse, reiterando que a NATO "não intervém militarmente, mas é uma aliança defensiva. E tem que ficar muito claro que no território da NATO ninguém entra".
"Um minuto de guerra é tempo a mais de guerra", defendeu, sublinhando que o conflito tem sido conduzido "de uma forma particularmente brutal e violenta" com a "destruição massiva de cidades" e numa "falta de humanidade" como não há memória.
"A NATO não contribuirá em nada para a escalada [do conflito] e, portanto, quer a retórica da Rússia quer as decisões de por em prontidão o seu arsenal militar só contribuem para a escalada" da guerra, com a Aliança a não querer contribuir para a "lógica de agravamento da tensão".
Em relação às forças militares portuguesas, o primeiro-ministro referiu que Portugal tem estado "em estado de prontidão" para intervir na força de reação rápida da NATO mas realçou que espera que a sua utilização não seja necessária, uma vez que isso significaria que era necessário reforçar a dissuasão.
"As nossas forças estão às suas ordens, estas forças que estão integradas na força de reação rápida estão às suas ordens, e estão em estado de prontidão a cinco dias para poderem avançar se, e quando, o comandante militar da NATO para a Europa assim o entender", sublinhou.