O primeiro-ministro, António Costa, e o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciaram, esta sexta-feira, um acordo dos líderes da União Europeia (UE) para a existência de uma exceção no sistema energético europeu para a Península Ibérica, com o objetivo de os dois países poderem baixar preços.
Estas medidas "temporárias e excecionais" serão "formalizadas já na próxima semana" junto da Comissão Europeia, informou António Costa.
"O objetivo é muito claro: é assegurar que o crescimento que está a ter o crescimento que está a ter o gás não se vai continuar a repercutir no aumento do preço eletricidade e, para isso, vamos adotar medidas para fixar um preço máximo de referência para o gás, a partir do qual todos os outros preços não poderão ultrapassar", explicou o primeiro-ministro na conferência de imprensa conjunta com Pedro Sanchéz.
A exceção permitirá "obter uma redução muito significativa do custo da energia, com grandes poupanças para as famílias e grandes poupanças para as empresas", acrescentou Costa
“Será muito benéfico para portugueses e espanhóis: reconhece-se, finalmente, a exceção ibérica, a singularidade ibérica, no que toca à política energética", sublinhou o primeiro-ministro espanhol.
Sublinhe-se que o pedido de exceção para Portugal e Espanha, e a que Bruxelas fez saber entretanto que daria luz verde, surge em plena guerra na Ucrânia, invadida por tropas russas, que tem afetado o mercado energético europeu, pois a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis que variam entre os Estados-membros.